Foi uma
tacada de ultima hora
Valeu as
imagens e a emoção
Carlinhos da
Pop escolheu
No telão
apareceu imagem do meu sertão,
Sendo
descrevendo em poesia,
Na voz de Rozimeri Gama
Declamou
desde o pé do cajá
E o folclore
pega o porco na lama.
Uma poesia
comovente,
O caminhão que
carregava leite
Chegava á vila às três horas da tarde
Crianças,
rapazes e moças
E as pessoas
de terceira idade
Corriam, debruçavam
na soleira da janela,
Talvez por
curiosidade ou esperando alguém,
Gestos
repetitivos ficavam marcas na aduela.
O caminhão
partia, rumo a Conceição,
Levavam as
professoras empoleiradas na carroceria,
Algumas
conseguiam embarcar na boleia,
E quando
chegavam perto de suas escolas,
Ali elas desciam! Recordo-me da professora Marileia.
Algumas outras
que no Distrito fizeram histórias,
Célia Abreu,
Inocência, Itajaci,
Marilda,
Wardia, Cibele Tunholi,
Augusta
Machado e Dona Juacy,
Era uma
turma... Mas vou parar por aqui.
Naquele
tempo, os professores iam à busca dos alunos,
E faziam uma
conexão, devido ao convívio
Ocorria hiperatividade
entre o estudante e o mestre
Havia mais
respeito e o ensinar era mais sadio.
Morosamente
sem percepção a Lei foi entrando,
Dizem os políticos
que é para fazer economia,
Escolas do
interior sendo saqueada,
Motivado
pelo abandono, A Lei diz que pagar transporte
Fica mais
barato, carregar os alunos do que o professor,
Nossos
governantes têm cada proposta... Que até Deus duvida
Desculpe-me
eles, parecem que tem as cabeças opostas,
Como se
fossem lagosta tem a cabeça cheia de...
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