terça-feira, 24 de março de 2015

UMA TACADA DE MESTRE

Foi uma tacada de ultima hora
Valeu as imagens e a emoção
Carlinhos da Pop escolheu
No telão apareceu imagem do meu sertão,
Sendo descrevendo em poesia,
Na voz de Rozimeri Gama
Declamou desde o pé do cajá
E o folclore pega o porco na lama.

Uma poesia comovente,
O caminhão que carregava leite
 Chegava á vila às três horas da tarde
Crianças, rapazes e moças
E as pessoas de terceira idade
Corriam, debruçavam na soleira da janela,
Talvez por curiosidade ou esperando alguém,
Gestos repetitivos ficavam marcas na aduela.

O caminhão partia, rumo a Conceição,
Levavam as professoras empoleiradas na carroceria,
Algumas conseguiam embarcar na boleia,
E quando chegavam perto de suas escolas,
Ali elas desciam!  Recordo-me da professora Marileia.
Algumas outras que no Distrito fizeram histórias,

Célia Abreu, Inocência, Itajaci,
Marilda, Wardia, Cibele Tunholi,
Augusta Machado e Dona Juacy,
Era uma turma... Mas vou parar por aqui.

Naquele tempo, os professores iam à busca dos alunos,
E faziam uma conexão, devido ao convívio
Ocorria hiperatividade entre o estudante e o mestre
Havia mais respeito e o ensinar era mais sadio.

Morosamente sem percepção a Lei foi entrando,
Dizem os políticos que é para fazer economia,
Escolas do interior sendo saqueada,
Motivado pelo abandono, A Lei diz que pagar transporte
Fica mais barato, carregar os alunos do que o professor,
Nossos governantes têm cada proposta... Que até Deus duvida
Desculpe-me eles, parecem que tem as cabeças opostas,

Como se fossem lagosta tem a cabeça cheia de...

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