sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

FIM DA LINHA



Meu caminhão está a frete,
No início deu-me cefaleia,
Pensei que fosse anti-higiênico
Transportar animal na boleia.

Falo do meu gato!
Ao passar próximo ao ponto:
Vacinação antirrábica,
Apliquei-lhe a primeira dose.

Estou com pressa, não tenho tempo,
E pego ao volante outra vez,
Dei uma olhada no gato,
Ouço os agentes gritando La fora,
Não deixe ir para o mato,
Retiro a camisa, devido ao forte calor,
Aquele olhar do gato!
Me faz recordar que o alugante,
O carreto não havia sido acertado,
E eu, estou de volta ao lar.

O sol queimava, o portão de casa o iluminava,
A esposa sorrindo veio me encontrar,
Talvez! Calculando a safra daquele dia,
No seu olhar eu percebia...
Maliciosa crítica contra mim,
E pensando... Parado, fiquei sim,
Levei outro calote! Por isso estou assim...
A partir de hoje, deixo essa função,
Se eu não o fizer, será o meu fim.


Nenhum comentário:

Postar um comentário